Muito boa noite e seja bem vindo a esta grande entrevista TVmais ao actor da SIC , Rogério Samora. O actor vai-nos falar sobre amor , casamento , mudanças e de como está a viver uma fase serena. Uma grande entrevista produzida pela revista Caras e pelo TVmais. Vamos então começar por ver um vídeo inicial que Rogério gravou para a referida revista.
É então este o pequeno vídeo que Rogério Samora quis gravar antes da entrevista. Bem não vamos adiar preste atenção e veja as respostas serenas que o actor foi dando.
Já. Já me apeteceu mudar até de nome... Mas isso são fases. Já tive fases de angústia, de ansiedade, de questionar tudo, de querer deitar a casa abaixo e construir uma nova, se calhar para fazer tudo igual...
- Tem sempre a noção do que vai mal na sua vida, do que tem de mudar...
- Não sei responder a isso e o que vou dizer pode parecer um disparate: vai tudo tão bem que o mal é absorvido pelo que vai bem. Neste momento, na minha vida nada vai mal.
- E se precisa de mudar alguma coisa é eficiente a fazê-lo ou leva algum tempo para agilizar o processo?
- Levo muito tempo, profissionalmente, a construir uma personagem, mas sou muito prático e rápido na minha vida pessoal. Não posso adiar problemas e ficar em casa à espera que os meus problemas se resolvam sozinhos.
- Mas às vezes estamos tão inebriados pela nossa vida, com a falta de tempo até para pensar, que quando damos por isso já deveríamos ter mudado muita coisa e afinal ainda estamos na mesma... Não lhe acontece?
- Sim, já me aconteceu muitas vezes. Tenho muito medo da rotina e mesmo que o meu quotidiano seja rotineiro, a minha profissão não o é e isso ajuda-me a viver. Cura, sara, faz-me bem. E também me distrai, tanto que às vezes distrai-me de coisas que acontecem no dia-a-dia e que podem ser muito cruéis
- A sua personagem vive um casamento de 30 anos. Nunca teve um casamento tão longo. Lamenta por isso?
- Vivi um casamento de 14 anos... Não tive um casamento assim, não tenho pena de não ter tido. Um casamento de 30 anos só faz sentido e só pode existir se houver confiança, partilha, dedicação, carinho, amor, tudo aquilo que faz de nós pessoas felizes.
- Casou-se uma vez e não voltou a fazê-lo... Ficou traumatizado com a experiência de assinar papéis?
- Não, não fiquei traumatizado. Só não o fiz porque não aconteceu.
- Tem sempre a noção do que vai mal na sua vida, do que tem de mudar...
- Não sei responder a isso e o que vou dizer pode parecer um disparate: vai tudo tão bem que o mal é absorvido pelo que vai bem. Neste momento, na minha vida nada vai mal.
- E se precisa de mudar alguma coisa é eficiente a fazê-lo ou leva algum tempo para agilizar o processo?
- Levo muito tempo, profissionalmente, a construir uma personagem, mas sou muito prático e rápido na minha vida pessoal. Não posso adiar problemas e ficar em casa à espera que os meus problemas se resolvam sozinhos.
- Mas às vezes estamos tão inebriados pela nossa vida, com a falta de tempo até para pensar, que quando damos por isso já deveríamos ter mudado muita coisa e afinal ainda estamos na mesma... Não lhe acontece?
- Sim, já me aconteceu muitas vezes. Tenho muito medo da rotina e mesmo que o meu quotidiano seja rotineiro, a minha profissão não o é e isso ajuda-me a viver. Cura, sara, faz-me bem. E também me distrai, tanto que às vezes distrai-me de coisas que acontecem no dia-a-dia e que podem ser muito cruéis
- A sua personagem vive um casamento de 30 anos. Nunca teve um casamento tão longo. Lamenta por isso?
- Vivi um casamento de 14 anos... Não tive um casamento assim, não tenho pena de não ter tido. Um casamento de 30 anos só faz sentido e só pode existir se houver confiança, partilha, dedicação, carinho, amor, tudo aquilo que faz de nós pessoas felizes.
- Casou-se uma vez e não voltou a fazê-lo... Ficou traumatizado com a experiência de assinar papéis?
- Não, não fiquei traumatizado. Só não o fiz porque não aconteceu.
- Ou nunca mais encontrou ninguém com quem pensasse jurar amor eterno?
- Talvez tenha encontrado e eu não tenha querido ou a outra pessoa não tenha querido.
- Talvez? Encontrou ou não?
- Sim, acho que encontrei... Para mim não é muito importante o casamento. As coisas acontecem porque têm de acontecer.
- Já manteve uma relação por comodismo?
- Não. Nunca na minha vida. Sou o anticomodista. Tudo o que para mim cheira a comodismo é quase entendido como uma morte anunciada. E nisso tenho algumas semelhanças com esta personagem. O Jack não diz à mulher que se vai embora porque tem outra. Ele não tem ninguém. Ele só se quer ir embora para se salvar.
- Na peça há violência física e verbal, o que é mais comum num casal do que muitas vezes imaginamos. Já teve uma relação assim?
- Não, nunca tive. E não compreendo como é que há pessoas que por amor seriam capazes de se sujeitar a uma relação assim. Ainda bem que é mais comum do que imaginamos, é sinal que esses casos são denunciados.
- O que seria capaz de fazer por amor? Até onde seria capaz de ir?
- Que pergunta! Por amor faz-se muita loucura, muita burrice, muita coisa bonita... com dinheiro ou sem. Já fiz muita coisa por amor!
- A última relação que teve foi com uma mulher mais nova, a Mafalda Pinto. Acha que a diferença de idades pode ser mais do que um tabu, um entrave à felicidade?
- Não o entendo como um tabu, porque se as pessoas se amam, não é a idade que importa. Acho que no futuro a diferença de idades até pode pesar, mas tudo depende se uma das partes está disposta a abdicar ou não e ponto final.
- Talvez tenha encontrado e eu não tenha querido ou a outra pessoa não tenha querido.
- Talvez? Encontrou ou não?
- Sim, acho que encontrei... Para mim não é muito importante o casamento. As coisas acontecem porque têm de acontecer.
- Já manteve uma relação por comodismo?
- Não. Nunca na minha vida. Sou o anticomodista. Tudo o que para mim cheira a comodismo é quase entendido como uma morte anunciada. E nisso tenho algumas semelhanças com esta personagem. O Jack não diz à mulher que se vai embora porque tem outra. Ele não tem ninguém. Ele só se quer ir embora para se salvar.
- Na peça há violência física e verbal, o que é mais comum num casal do que muitas vezes imaginamos. Já teve uma relação assim?
- Não, nunca tive. E não compreendo como é que há pessoas que por amor seriam capazes de se sujeitar a uma relação assim. Ainda bem que é mais comum do que imaginamos, é sinal que esses casos são denunciados.
- O que seria capaz de fazer por amor? Até onde seria capaz de ir?
- Que pergunta! Por amor faz-se muita loucura, muita burrice, muita coisa bonita... com dinheiro ou sem. Já fiz muita coisa por amor!
- A última relação que teve foi com uma mulher mais nova, a Mafalda Pinto. Acha que a diferença de idades pode ser mais do que um tabu, um entrave à felicidade?
- Não o entendo como um tabu, porque se as pessoas se amam, não é a idade que importa. Acho que no futuro a diferença de idades até pode pesar, mas tudo depende se uma das partes está disposta a abdicar ou não e ponto final.
- Acha-se incapaz de manter uma relação?
- Não, não me acho incapaz de nada. Talvez me isole, resguarde demasiado, talvez me defenda demasiado, talvez o meu trabalho me exponha tanto que tenho necessidade de estar sozinho. Talvez fuja das pessoas porque não quero estar sempre a falar do meu trabalho e é quase sempre inevitável e cansativo.
- Já viveu uma paixão ardente? Daquelas que quase nos cegam...
- Não, acho que não! Bem, se calhar já vivi... Sou muito racional, não sou muito de cometer loucuras.
- E já alguma vez teve uma relação em que achasse que era para toda vida e arrepende-se de não ter conseguido mantê-la?
- Nunca achei que alguma coisa era para toda a vida. Achar que alguma coisa é eterna é um enorme erro que cometemos.
- É egoísta nas relações?
- Não. Para mim, primeiro está o bem-estar da outra pessoa! Devíamos ter na escola uma disciplina que falasse das relações...
- Mas isso poderia tornar-se aborrecido, sob pena de tornar as relações previsíveis...
- Talvez tenha razão!
- Como lida com o fim das relações?
- Como lido com outros fins: à minha maneira. Mas não tomo antidepressivos, nem calmantes, nem me tento suicidar.
- E passa-lhe depressa?
- Vamos mudar de assunto...
- Muito bem. A sua saída da TVI foi de facto como se disse? Que virou as costas e ignorou o contrato que tinha até julho deste ano?
- Eu era um cidadão livre, sou e continuarei a ser. Há alturas na vida em que queremos mudar. Fechar ciclos, fazer cortes, iniciar outro ciclo e foi isso que quis fazer. Pedi a rescisão de contrato à administração, a mesma foi recusada, por isso não tive alternativa senão rescindir o contrato unilateralmente, o que não foi aceite. Depois, uma coisa que se deve resolver entre os envolvidos e se for preciso entre os respetivos advogados veio para hasta pública... Mas ainda bem que tomei essa decisão. O novo ciclo da minha vida na SIC tenho a certeza que vai ser brilhante. Gostei do desafio que me lançaram e vou-me dedicar a isso.
- Ficou desiludido?
- Fiquei magoado. Por outro lado, passei a conhecer o verdadeiro rosto de algumas pessoas que até aqui desconhecia. Se alguém estiver comigo e não for feliz e se quiser ir embora, que remédio tenho eu senão aceitar. As pessoas são livres de ir à sua vida...
- Não, não me acho incapaz de nada. Talvez me isole, resguarde demasiado, talvez me defenda demasiado, talvez o meu trabalho me exponha tanto que tenho necessidade de estar sozinho. Talvez fuja das pessoas porque não quero estar sempre a falar do meu trabalho e é quase sempre inevitável e cansativo.
- Já viveu uma paixão ardente? Daquelas que quase nos cegam...
- Não, acho que não! Bem, se calhar já vivi... Sou muito racional, não sou muito de cometer loucuras.
- E já alguma vez teve uma relação em que achasse que era para toda vida e arrepende-se de não ter conseguido mantê-la?
- Nunca achei que alguma coisa era para toda a vida. Achar que alguma coisa é eterna é um enorme erro que cometemos.
- É egoísta nas relações?
- Não. Para mim, primeiro está o bem-estar da outra pessoa! Devíamos ter na escola uma disciplina que falasse das relações...
- Mas isso poderia tornar-se aborrecido, sob pena de tornar as relações previsíveis...
- Talvez tenha razão!
- Como lida com o fim das relações?
- Como lido com outros fins: à minha maneira. Mas não tomo antidepressivos, nem calmantes, nem me tento suicidar.
- E passa-lhe depressa?
- Vamos mudar de assunto...
- Muito bem. A sua saída da TVI foi de facto como se disse? Que virou as costas e ignorou o contrato que tinha até julho deste ano?
- Eu era um cidadão livre, sou e continuarei a ser. Há alturas na vida em que queremos mudar. Fechar ciclos, fazer cortes, iniciar outro ciclo e foi isso que quis fazer. Pedi a rescisão de contrato à administração, a mesma foi recusada, por isso não tive alternativa senão rescindir o contrato unilateralmente, o que não foi aceite. Depois, uma coisa que se deve resolver entre os envolvidos e se for preciso entre os respetivos advogados veio para hasta pública... Mas ainda bem que tomei essa decisão. O novo ciclo da minha vida na SIC tenho a certeza que vai ser brilhante. Gostei do desafio que me lançaram e vou-me dedicar a isso.
- Ficou desiludido?
- Fiquei magoado. Por outro lado, passei a conhecer o verdadeiro rosto de algumas pessoas que até aqui desconhecia. Se alguém estiver comigo e não for feliz e se quiser ir embora, que remédio tenho eu senão aceitar. As pessoas são livres de ir à sua vida...
Exclusivo TVmais
Obrigado TVmais
Sem comentários:
Enviar um comentário